segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

LIBERTAÇÃO E PAZ OU EUFORIA UTÓPICA?



Há Alguns dias atrás a população brasileira testemunhou um grande marco na história do combate à violência e ao narcotráfico nas comunidades carentes da cidade do Rio de Janeiro. O crime foi encurralado e sucumbiu diante do poder bélico das forças estatais, a sociedade organizada “venceu” a guerra contra o poder paralelo, capturou grandes chefes do narcotráfico que dominavam territórios destas comunidades e impunham o medo aos moradores das mesmas, que muitas vezes tiveram suas casas invadidas por marginais em confrontos com o aparelho de repressão do Estado. As pessoas podem andar tranqüilas nas ruas, as crianças brincam em parques que eram dominados pelos traficantes, sem se preocuparem em ser atingidos por balas perdidas dos confrontos, banham-se em piscinas das mansões dos grandes chefes, desfrutam do preço pago por sua opressão. O ambiente de paz e harmonia reina entre os moradores, a presença das forças estatais traz para todos os moradores uma sensação de segurança talvez nunca sentida antes por eles. São apreendidos toneladas de drogas e armas diariamente, enfraquecendo e eliminando o sistema econômico-financeiro do tráfico, realmente uma ação brilhante e bem sucedida.

Mas e o futuro? Será que não se está vivendo um primeiro momento de ocupação e declarada vitória sobre uma guerra que nunca termina? Quais as providências que serão tomadas pelo estado? Será que as UPP’s resolvem o problema das comunidades carentes? Por que o exercito teme fazer policiamento nas áreas ocupadas, preocupando-se que seus soldados em proximidade com as comunidades venham a se corromper e se marginalizar? Será que a preocupação do comandante geral do exército é infundada?

São indagações que deveriam ser levadas em conta, a polícia trabalha como bombeiros. Não existe ação preventiva, existe combate a incêndios quando os mesmos aparecem, será que se as pessoas que vivem nas comunidades a margem da sociedade tivessem condições dignas de sobrevivência seus filhos estariam entregues ao crime? Acho que ninguém prefere viver com uma arma na mão com medo de viver. O combate ao tráfico de armas é deficiente, a entrada de drogas no país é uma piada.

Mas mesmo que se combata e matem todos os bandidos das favelas, voltarão a existir bandidos na favela, o nível de corrupção das forças policiais é intenso, e estimula as pessoas a permanecerem no erro, se as pessoas não tiverem caráter, formação familiar essa vitória, essa paz será apenas utopia, apenas analgésica, logo, logo a dor voltará a perturbar, o sofrimento se tornará mais intenso.

É preciso investir em educação, não apenas criar escola para desviar verbas públicas, mas remunerar com dignidade uma classe que sempre deu valor a sociedade, os professores, dá-lhes condições de construir caráter, junto com a família que tem sido bombardiada pela imoralidade e permissividade humanas.

É preciso dar saúde ao povo, condições dignas de moradia com saneamento básico, é preciso dar lazer ao povo, não em troca de votos em época de eleições. É preciso que os políticos corruptos desse país sejam punidos, demonstrar a população, principalmente a mais carente que não vale a pena se corromper.

Será que isso é possível? Com tantos escândalos vindos de cima, das autoridades que deveriam combater o crime e dar o exemplo, mas que na verdade dão uma demonstração patente de que vale a pena se apropriar do que é do povo e em seguida sair ileso.

Sem isso, essa euforia vai passar e todas as pessoas verão que estão pondo a sua fé numa realidade que não existe, e que esse marco na historia da sociedade em breve será mais um episódio passageiro, uma utopia.

Deus tenha misericórdia de nossas almas e de nossas vidas.

Pr. Emerson B Silva

Pr. Auxiliar da SIB em Cabo Frio

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O AVANÇO DA VIOLÊNCIA NO IMPÉRIO DO MAL



A Bíblia diz que o mundo, as pessoas, a sociedade humana, descansa no maligno, ou seja, a maldade impera no coração dos homens, essa, a maldade realmente provoca atos de extrema frieza e indiferença ao direito do indivíduo em sua vida na sociedade, ao ver no jornal que um menino de 13 anos foi apedrejado por um indivíduo maligno que desejava drogar-se, fumar uma pedrinha de crack. Preso, mas liberado sob o sorriso sarcástico da autoridade policial, alegando que o menino apareceria me dei conta que o mal continua a imperar cada vez em nossas existências. Não obstante a batalha travada entre a sociedade instituída e a marginalidade, no estado do Rio de Janeiro deixa toda a população do mesmo em pânico, vivendo sob domínio do medo.

A proposta que traz essa reflexão é perguntar até quando o indivíduo, a pessoa, nós, seremos vítimas do medo e da maldade humana? Até quando seremos escravos da injustiça e da impunidade? Até quando o mal vai imperar na vida das pessoas, nas nossas vidas? Talvez essa resposta não possa ser respondida, acredito que possivelmente não será respondida, pois a ótica será sempre olhar para dentro do problema e procurar soluções “analgésicas”, de pouca duração que quando terminam o seu efeito volta-se a sentir a dor da maldade.

A Questão é o que se faz para realmente mudar isso? De onde vem tamanha maldade? Qual sua origem? Até onde vai a maldade humana e sua capacidade de dizimar sua própria espécie? O Estado tenta reprimir e consegue de certa forma minimizar os impactos mas você realmente está seguro? A violência o descaso das autoridades a esses crimes, essas atrocidades jamais serão vistas como uma questão de deformidade do caráter e perversão da capacidade volitiva do indivíduo, sempre serão analisadas macroscopicamente. Nunca se busca a origem que está no indivíduo. Principalmente porque a certeza da impunidade é transmitida despudoradamente por aqueles que escolhidos dentre o povo do estado democrático para defender os valores morais que apresentam em um show de impunidade na mídia. São desprezados os seus crimes, ignoradas as provas, são absolvidos mediante o interesse políticos dos outros, não falo apenas do Brasil, mas de vários países do mundo onde a atitude de seus líderes leva o povo a um descontrole social intratável.

A violência sempre vai reinar, porque a sociedade não trata as origens de suas doenças sociais, mas tratam apenas as marcas que ela deixam, dessa forma em muito pouco tempo, veremos a “profecia” cinematográfica ( O Livro de Eli, Mad Max e muitos outros) saindo da ficção para realidade. E aí clamaremos e alta voz ao Deus criador, mas não mais encontraremos porque já passou o tempo de combater o império do mal.

Pr. Emerson Brasiliano Silva