Há uma semana, no aeroporto de Dallas, Estados Unidos, o mundo do Surf perdia um de seus grandes nomes, Andy Irons aos 32 anos deixava a cena de forma triste, infeliz, e não digna do tamanho dos seus feitos, partiu deste mundo sozinho, doente, em um hotel, mordido por um mísero mosquito provavelmente em Portugal. O mundo lamenta a perda do grande herói, sim pois, ele certamente foi no seu esporte um grande Herói, o único a enfrentar de igual para igual a lenda do Surf Kelly Slater, superando-o em 70 % dos confrontos que tiveram, Andy conseguiu o feito de ganhar 3 títulos mundiais seguidos (2002,2003,2004), teve 22 vitórias no circuito mundial.
Mas os seus feitos heróicos não foram bastante para salvar o grande homem Andy Irons, o mundo lamentou sua morte, chorou sua perda, mas em momento nenhum refletiu que a história poderia ter tido outro rumo se homens se importassem menos com os valores econômicos que giram em torno do surf nos dias de hoje. Andy saiu de Portugal passando mal, chegou a Porto Rico onde competiria na próxima etapa do campeonato mundial, mas não conseguiu competir foi avaliado por um junta médica que disse que não estava em condições para a competição e que deveria ir a um hospital.
A organização do evento, a própria patrocinadora do Andy, seu garoto propaganda, que sem dúvida lhe rendia uma soma de dinheiro incrível, negligenciaram o ser humano Andy Irons e permitiram que o mesmo fosse para sua casa no Hawaí, sozinho, desacompanhado, com suspeita de dengue hemorrágica, e como se não bastasse as autoridades ainda querem denegrir sua imagem, com a alegação de encontram medicamentos em seu quarto, e que ele poderia ter tido uma overdose.
Não houve compaixão, não houve amor ao próximo, não houve respeito pela vida. Andy se foi porque faltou amor pela vida humana, esperava-se que no mínimo a família fosse avisada, a própria patrocinadora, poderia ter enviado um de seus funcionários para proteger seu investimento, Todos poderiam ter levado Andy para o Hospital, os dirigentes de sua Associação, seus fundadores lutaram tanto lutou pelo esporte, para que houvesse respeito pelo surf e seus praticantes, deixa o grande surfista das grande ondas, partir sem completar sua maior obra, ser pai.
Não basta lamentar a perda de um grande campeão, é preciso se importar com a pessoa por trás do título, Andy era um filho, um amigo, um marido, um irmão, e em breve seria pai, como homem merecia respeito. O mundo precisa aprender a respeitar o ser humano, não podemos apenas lamentar devemos fazer tudo para que situações como essa não ocorram, Andy seria pai no próximo mês, mas o seu filho foi ceifado da companhia do seu pai, porque faltou amor por parte dos homens que diziam ser seus amigos. Ame a pessoa e não só o campeão e evitem que outros percam o tem de mais precioso, a pessoa é mais importante que o dinheiro. O Amor Mais Importante que o Consumo. Que Deus possa consolar sua família, e que os que se diziam amigos, aprendam a proteger os que ficam, pois homenagens, deve ser feitas em vidas, e não depois da morte.
Adeus Andy.
Pr. Emerson Brasiliano Silva
Pastor Auxiliar na SIB em Cabo Frio - RJ
(praticante do Surf) – 10/11/2010