segunda-feira, 24 de setembro de 2012

UMA TARDE ASSUSTADORA


Na última sexta-feira, dia 21 de setembro, vivenciei uma experiencia inusitada, sai do trabalho e fui direto para casa, coloquei meu long John - que fora rasgado na penúltima aventura quando em Geribá fui lançado de encontro a prancha que embicou e jogou a quilha contra minha coxa, com a graça de Deus estava de long John, senão não sei o que seria daquela situação - em seguida com meu longboard fui para praia, não tinha grandes ondas, mas as marolas estavam legais, abrindo para direita e para esquerda, de repente o vento aumentou e o mar subiu um pouco. Estava divertido, foi possível fazer um bom surfe. Lá para a hora de ir embora ouvi um trovão, o sol estava aberto o tempo quente, muito quente, quando olhei para o lado esquerdo vi uma manha preta, densa, muito densa no horizonte, chamei o Junior - parceiro de Surf, seminarista da igreja e um amigo - e falei, vamos embora que o céu vai despencar na nossa cabeça.
Saímos, coloquei a prancha em cima do carro e a tempestade se aproximava, corri pra buscar meu filho na escola, minha esposa o tinha ido apanhar a pé, liguei do meio do caminho falei que estava indo, o seu escurecia, tive que ligar a lanterna, e quanto mais me aproximava da escola de meu filho, mais o céu escurecia, tive que acionar o farol do carro, estava ficando de noite, ainda de dia, uma densa treva tomava conta do céu, a chuva começava a cair, um desavisado ou com problema de visão retardava o trânsito, tive que fazer uma manobra mais brusca e ultrapassá-lo, ligue o limpador no máximo a chuva já era densa, orava a Deus que segurasse aquela tempestade até que chegasse em casa, quando entrei a chuva despencou pra valer, junto com ela veio um vento assustador que nunca presenciei em Cabo Frio, o vento empurrou o portão pra dentro, chegou a derrubar meu filho, a chuva entrava por todos os lados, como um chuveiro na horizontal, entrava pela janela do segundo andar como uma ducha contrariando a gravidade, ouvíamos barulho das telhas sendo lançadas sobre o telhado da varanda, se despedaçando no quintal e na rua, estrondo terrível, estávamos todos assustados, o meu primogênito não estava em casa, o que aumentou a nossa ansiedade.
Foram aproximadamente vinte minutos de pavor, após esse tempo a tempestade se foi, fomos para fora e varanda estava um verdadeiro campo minado, com roupas do varal no chão, produtos de limpeza, cacos de telha, grande estrago, mas a ansiedade estava por conta do primogênito, ligávamos e não conseguíamos falar com ele. Os telefones não funcionavam estávamos sem eletricidade, um caos. esperava as águas baixarem para procurá-lo e de repente quando entreva no carro, a boa notícia, meu filho chegou, estávamos todos a salvo e felizes e louvamos a Deus pelo grande livramento que Deus nos concedera e a maneira como cuidou de nosso filho e o trouxe a salvo.
Todos estamos sujeitos ao mal, mas quando buscamos fazer a vontade de Deus somos recompensados, como certeza o altíssimo nos olha de uma maneira diferente.
Muitos prejuízos materiais, mas nenhuma baixa significante, de um tarde animada de Surf a uma catástrofe natural tudo em apenas 40 minutos.
Sou grato a Deus pela sua providência, a tempestade deixou um grande estrago na cidade, muitas árvores, muros, antenas e telhados caíram, nem todos puderam celebrar a mesma alegria, mas vão-se as coisas e fica-se a vida, afinal essa é a mais importante, quanto as outras, trabalhamos e reconstruímos.

Deus seja grandemente louvado e abençoe a todos.

Pr. Emerson

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A COMISSÃO DA "VERDADE"

É ridículo como o Brasil trata as coisas que acontecem em seu seio, ontem via o Jornal Nacional e mais uma vez reforcei a minha indignação a esse governo horrendo que usurpa o país, a reportagem tratava de mais uma tal da "Comissão da Verdade", sim, entre aspas, a tal trata dos crimes de guerra cometidos pelo estado contra o cidadão, como se os agentes do estado também não fossem cidadãos. É ridículo, o título da Comissão, pois a última coisa com que está preocupada é a verdade.
Esta, está não só interessada em fazer parecer vítimas, pessoas que confrontaram as leis vigentes no país, longe de mim, defender estupros, abuso de poder, torturas e outros erros mais que foram cometidos pelo poder estatal na época da ditadura, mas a verdade é que não existe verdade nesta comissão, pois agentes dos estado também foram torturados e assassinados por esquerdistas que estão no poder e querem trazer os podres do governo militar e esconder os seus próprios crimes. Não existe ao meu ver isenção da tal "Comissão da Verdade", existe uma tentativa de vingança tardia, e uma supressão da verdade, esta tal tão divulgada como fulcro de tal comissão. 
Ora, não existe verdade unilateral, para que se encontre a verdade é necessário imparcialidade e isenção, a verdade é obtida quando os dois lados colocam suas razões, para aí sim, se estabelecer um juízo, mas uma versão unilateral da verdade não é verdade, é meia-verdade e como tal, mentira, pois não existe meia-verdade.
Uma pessoa das defensoras desta comissão, diz que não cometeram crimes, lutavam pela democracia, analisemos então, Matar não é crime? Roubar não é crime, desde que seja pra defender uma causa? Ora isso é ridículo. Espero que a população brasileira se indigne com essa palhaçada e se pronuncie a respeito, ou se investiga a esquerda e os militares, o se põe uma pedra no assunto, agora, essa palhaçada cansa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

UM MÊS DE SAUDADES


Há exatamente um mês, recebia uma notícia que certamente marcaria a minha vida para sempre, estava a me separar de alguém muito especial, que com sua sabedoria, seu carinho e sua infinita generosidade, contribuiu para que eu seja quem eu sou, tenho certeza, que foram muitos anos de oração, não só por mim, é claro, mas todos os seu filhos, netos, amigos, irmãos, pastores e aqueles que ainda não aceitaram a Cristo como senhor e salvador.
Minha queria Maria Figueiredo – era como assinava e como carinhosamente a chamávamos – faleceu, faleceu não, como dizia a ela, vou encontrar-se pessoalmente com Jesus. Nesse dias a citei várias vezes em meus sermões e palestras e aulas, vou citá-la ainda em muitas outras, por parte do conhecimento e atitudes que tomo no meu cotidiano se baseam nos seu conselhos, sempre muito bem vindos, ainda que se os mesmos não fossem do meu agrado.
Minha avó era uma pessoa especial, não podia passar desapercebida por ninguém que a conhecesse, vovó impactava a vida de quem quer que tivesse a oportunidade de conviver com ela, modesta, e carinhosa, Maria Figueiredo era doce, mas firme nas suas convicções e em sua conduta ilibada.
Lembro-me de quando voltamos para João Pessoa e fomos morar com ela e minha tia Gima, não posso dizer que não fui uma criança feliz, minha avó dava uma mesada pra mim e minha irmão para passar cremes na papada, nas mãos e raspar seu calcanhar, na verdade a alegria dela era estar com a gente, era uma festa pois enquanto penteávamos seu cabelo – lindos cabelos brancos, tão alvos quanto a neve – ela nos dava conselhos e falava da vida. Investiu no meu ministério, teve a alegria de ver-me formar teólogo, tinha um coração imenso.
Jamais poderei expressar em palavras a importância da minha avó, era uma pessoa fantástica que vai morar no meu coração para sempre, pois é sempre presente em todos os aspectos da minha vida. Não tenho memórias tristes de minha avó, a saudade é grande. Mas sei que ela certamente ouviu o que muitas pessoas esperam ouvir: “Mateus 25:23 E o seu senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel sobre pouco; sobre muito te colocarei; participa da alegria do teu senhor.”

Ela está desfrutando da presença do seu Senhor, a quem pregou durante longos anos em sua vida, e de quem distribuiu livros, folhetos, discos. Aqui fica minha saudade a essa que eternizou sua passagem pela terra em nossos corações. Já se vai um mês, e muita saudade fica, mas estou alegre, pois só tenho coisas boas para lembrar.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

LÁGRIMAS NO PARAÍSO " A teologia de Clapton"

Resolvi fazer um artigo diferente essa semana. Para tanto, preciso explicar pra você o que me leva a escrever esse. Sou defensor de que religião não se trata de denominações religiosas (Católico, Evangélico, Batista, Mulçumano, Espírita e etc...), mas sim de algo interior que vem dentro da alma humana com o fim de liga-lo ao criador. Esses lampejos da busca por um criador normalmente são manifestos em meio a dor, que frustra a pretensão humana da auto-suficiência. Eric Clapton, ficou conhecido por alguns como o "deus da guitarra", não sei se ele assimilou tal título, ou se isso teria haver com sua perda, mas o fato é que ter perdido seu filho aos 4 anos de idade, fez com que no momento de introspecção ele proferisse verdades eternas que compartilho abaixo, volto a dizer que não sei se ele, o Clapton, tem a consciência do que escreveu mas, foi intenso.

Na 1a. estrofe está implícita uma grande dúvida que gera grande especulação no mundo da teologia, a dúvida se reconheceremos os nossos, quando depois da morte, encontrarmos com eles, se isso for possível, e ainda se as relações serão as mesmas. Está implícito também a certeza de que crianças fora da idade da razão, estão cobertas pelo suficiente sacrifício de Cristo para a Salvação.

Na 2a. 2 3a. estrofes encontra-se a crença na auto-suficiência humana e a consciência de pecado que separa a criatura do criador, a certeza de que não pertence ao paraíso é a afirmação consciente da alma de que há separação entre o homem e Deus, e que a mesma causa dor. A necessidade de ajuda diante da comprovação da incapacidade de crescer só , também está explicitado na terceira estrofe da música.

Na 4a. chega a clareza da ideia que o homem não tem total poder sobre sua vida e seu destino e que está sujeito a acontecimentos alheios a sua vontade dos quais não tem nenhuma influência e controle. É tempo de Clamar, de Gritar, pois a ansiedade toma conta da sua alma, do seu corpo. Nada pode ser feito, o coração está aflito e precisa ser consolado.

E enfim na 5a. a certeza de que a morte é a porta para outra realidade, outro tempo, outra vida, algo real, presente, não a fuga por um devaneio, mas a necessidade de crer, trará para sí o consolo, pois do outro lado não existem lágrimas, todos estão no jardim diante da presença do criador. Verdade Bíblica extremamente declarada no lívro de apocalipse de que Cristo enxugará dos olhos toda lágrima.

Volto a repetir não sei se ele tinha a clareza e a profundidade do que criou, mas pra mim está claro que todo o homem busca o salvador e que a Bíblia, a palavra de Deus, influencia tanto justo como ímpios. Só faltou pra ele declarar que é possível estar no paraíso. Lembre-se Não haverá mais lágrimas no paraíso. Encontre Jesus agora.

A Música chama-se  Tears in Heaven, pode ser encontrada na internet.


Deus abençoe sua vida.

Pr. Emerson