quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO.


Mais um ano chega ao fim, estamos vivendo os últimos dias do ano de 2011. Ao termino dele, nunca mais voltaremos a vê-lo a não ser em nossas memórias. O que ficou pra trás só pode ser levado através da memória.

Podemos encara a transição de um ano para outro como uma viagem e como em toda viagem devemos preparar as nossas malas, no preparo de nossa mala devemos levar aquilo que é necessário para nossa viagem, temos que ser precisos para não levarmos coisas desnecessárias que só servem para aumentar o peso de nossa mala e nos deixar cansados de carregá-la.

Sejamos pragmáticos sem, contudo ignorar a complexidade da vida e suas vertentes. Deixemos de fora de nossa bagagem coisas inúteis como, ódio, mágoa, vingança, inimizades, dores, angústias, medo, fracassos, intolerância, todo o lixo psicológico que nos atormenta e nos faz perturbar a existência. Pois tudo ficou pra trás, as decepções podem ter ocorrido, as dores foram sofridas, mas o tempo mudou, é hora de um novo recomeço e uma das grandes vantagens de nossa existência é a possibilidade do recomeço.

Se sua vida foi dura no ano que finda, não a endureça ainda mais no ano que chega. A leveza da vida está na capacidade de reconstruir seus sentimentos e elevar sua vida a um nível de paz que excede o poder das palavras. Conhecer a si mesmo influi diretamente na tarefa de reconstruir os seus sentimentos “Conhece-te a ti mesmo”.

Seja feliz no ano que chega agradeça a Deus a possibilidade de receber mais um ano na estrada da vida e não se choque com os outros na sua caminhada. Seja feliz e faça o seu próximo feliz, lembrando que só levamos da vida aquilo que vivemos.

Que Deus abençoe a sua vida e que no findar de 2012 você tenha muito a agradecer.

Do amigo

Pr. Emerson Brasiliano

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

NATAL, MUITO MAIS DO QUE FESTA.





 Senhor, agora podes deixar ir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
 pois os meus olhos já viram a tua salvação,
 a qual preparaste diante de todos os povos;
 luz para revelação aos gentios, e para a glória do teu povo Israel. (Lucas 2.29-32)

Com a cultura do consumismo importada dos Estados Unidos, o verdadeiro significado natal tem ficado de lado, tem sido esquecido pelas pessoas que tem dado outro sentido para ele. O Natal tem se tornado uma reunião familiar para troca de presentes, os símbolos são o Papai Noel, a Neve as renas, Grinalda tudo oriundo dos americanos. O natal tem virado uma simples festa. Um Simples encontro fraternal, seu significado real tem sido esvaziado por uma cultura vazia.
O Natal é muito mais que uma festa, muito mais que uma reunião familiar para comer e trocar presentes. No natal deve-se celebrar o nascimento de Jesus. O Deus-Homem, que nasceu menino para que todos os que cressem nele mediante a fé encontrasse a salvação de seus pecados.
O verdadeiro símbolo do Natal é Jesus, que veio a humanidade perdida trazendo redenção a todos os homens. Cristo é o maior presente que a humanidade poderia querer. Ele representa a salvação dos homens e a oportunidade da construção de caráter de homens melhores. O Natal só tem luz quando gira em torno de Jesus, pois ele é a luz dos homens.
Celebrar o natal é celebrar a vida, no mais intenso sentido da palavra. É obter a certeza de que a redenção é possível e que Deus manifestou o seu amor a todos os homens. É a certeza de paz, não aquele que acaba com o tempo, mas a que perdura para sempre dentro dos nossos corações. É entender que a vida não mais se extingue com a morte, mas que a mesma ultrapassa todos os limites do conhecimento humano, e continua na eternidade.
Celebrar o Natal é compartilhar fraternalmente da grande obra salvadora de Deus em Cristo e celebrar a maior de todas as uniões, a de Deus com o homem. Cristo é o verdadeiro sentido do natal, Cristo é o verdadeiro presente, e não há razão para se celebrar o natal sem que Cristo seja o centro de nossa celebração. Natal sem Cristo é vazio, sem sentido e um contra-senso do saber humano. Mas do que simplesmente festa, o natal é celebrar a vida, a vida do salvador, a sua, a nossa vida. As palavras de Simeão descritas acima manifestam o verdadeiro sentido do natal. Assim, Feliz Natal a Todos.
Pr. Emerson B. Silva


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

FÉ IGNORANTE OU INCOERÊNCIA CONIVENTE


Há algum tempo estava lendo uma revista de surf e encontrei uma matéria que me chamou muito a atenção. Uma Igreja voltada para o público gay, dirigida por dois pastores casados. Vi uma grande gama de informações a respeito de testemunhos, cheios de fé de como aquelas pessoas se aceitavam. Uma igreja para todos, lá não há como disseram “acepção de pessoas”. Todos são bem vindos, principalmente, gays, lésbicas, travestis, e etc., seu público-alvo. Todos portavam Bíblias, e chegavam animados para o culto. Um dos Travestis tinha inclusive e bem destacado na matéria uma Bíblia rosa com estudos para mulheres.
Diante de todo aquele texto me veio uma estranha e não ilógica curiosidade: Que tipo de Bíblia eles usam? Pela informação da matéria, percebi que um deles carregava uma bíblia trad. João Ferreira de Almeida. Aí vem o que alguns colegas meus chamam de fé racional e lógica. Se eles têm a Bíblia como regra de fé e prática, como podem continuar da mesma forma que estão e manifestar adoração a Deus? É aceita tal adoração? Não pude resistir, tinha que ponderar sobre o assunto, afinal, Como adorar um Deus que proíbe suas práticas e requer que elas sejam abandonadas? Onde está a coerência, ter um livro de regra de fé e prática que condena suas práticas, onde está a utilidade da adoração? Será puro desconhecimento dos textos Bíblicos? Será um erro de interpretação do texto Bíblico? Ou seria uma leitura parcial e conveniente daquilo que prescreve o texto? Ou ainda uma cauterização de suas mentes em busca de absolvição de suas almas para continuidade da vida?
Bem depois de muito ponderar, analisar, buscar entender, cheguei a algumas conclusões:
Primeiro sobre o termo Igreja, o mesmo vem da palavra grega ekklesia que quer dizer no seu sentido primário, assembléia, reunião pública muito usada no sistema democrático grego, onde as cidades-países diante de questões que envolviam o interesse comum convocavam toda a população para fora de suas casas para debater os assuntos e tomarem decisões. Diante do exposto não há problema usar o termo igreja. Mas Igreja de Cristo? Bem isso é difícil de conceber, pois, a igreja de Cristo tem o dever de combater o pecado do seu meio e não conviver com ele, o pecado.
Segundo sobre a Bíblia, deduzo ser feita uma leitura parcial do texto bíblico, onde ficam de fora todas as menções de pecados de homossexualismo, desprezando totalmente o antigo testamento e as leis constantes do Pentateuco, pulando é claro a carta de Paulo aos Romanos e aos Coríntios e desprezando alguns capítulos de Apocalipse e o comportamento ético cristão pregado por Jesus no sermão da montanha. Ora do que estou falando? Vejamos:
22 Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher; é abominação.
25 E eu castigo o pecado da terra porque está contaminada, e a terra vomita seus habitantes. (Levítico 18.22 e 25)

26 Por isso, Deus os entregou a paixões desonrosas. Porque até as suas mulheres substituíram as relações sexuais naturais pelo que é contrário à natureza.
27 Os homens, da mesma maneira, abandonando as relações naturais com a mulher, arderam em desejo sensual uns pelos outros, homem com homem, cometendo indecência e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
28 Assim, por haver rejeitado o conhecimento de Deus, foram entregues pelo próprio Deus a uma mentalidade condenável para fazerem coisas que não convêm;
29 cheios de toda forma de injustiça, malícia, cobiça, maldade, inveja, homicídio, discórdia, engano, depravação; sendo intrometidos,
30 caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, inventores de males, desobedientes aos pais;
31 insensatos, indignos de confiança, sem afeto natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam essas coisas, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.     
 (Romanos 1.26 -32)

Creio que os textos acima apresentados já sejam o bastante para que se entenda que existe uma leitura parcial do texto e não dele como todo, ao que entendo tal prática como advinda de mentes buscando em sua consciência sua própria absolvição (o que o apóstolo Paulo chama de cauterização das mentes), ou interpretam a Igreja de Cristo como uma instituição social comum que os descriminada, da qual querem fazer parte, como de partidos políticos, e outros grupos sociais. Neste ponto prestam uma adoração que a julgar pela ignorância na interpretação do texto, seja por desprezar seu conteúdo ou por excluí-lo, vazia, incoerente e infundada. Seja como for, a despeito de minha compreensão teológica da Bíblia, o texto não deixa dúvidas que se trata de uma manipulação equivocada e pervertida do texto bíblico.

 Terceiro o Senhor Jesus, realmente Jesus não fazia acepção de pessoas, ele dava oportunidade a todos de se arrependerem dos seus pecados e os tirava da condição de condenação dando-lhes a salvação de Deus. Mas Jesus jamais concordou ou admitiu que aqueles que recebessem a benção da salvação continuassem no pecado. Há um grande equívoco das pessoas ao entenderem a pessoa de Jesus, normalmente elas desatrelam sua misericórdia e generosidade de sua justiça. A bondade de Deus e sua generosidade em Cristo não desprezam a sua justiça. Deus ama incondicionalmente o pecador, mas é justo juiz. Uma vez que é dado oportunidade para que todos se arrependam Ele se faz o justo juiz e retribui cada um conforme sua escolha. Cristo abomina o pecado e sempre no final de sua sentença está a frase “vá e não peques mais”, ou seja, o arrependimento requer que o pecador abandone o pecado e que não que permaneça nele. Poderia trabalhar o texto de Romanos 6 mas estenderia demais esse e não seria lido. Mas deixo os Quatro primeiros versículos.

1 Que diremos, então? Permaneceremos no pecado para que a graça se destaque?
2 De modo nenhum. Nós, que morremos para o pecado, como ainda viveremos nele?
3 Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?
4 Portanto, fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Quarto e último lugar para não me estender mais, embora muitas outras conclusões inundem meu senso-crítico, resolvo parar por aqui. Gostaria de lembrar que o pecado embora presente na sociedade, não tem sua condição condenatória ligada à cultura. Pecado é pecado e sempre vai ser pecado e nunca vai deixar a sua condição de condenação, independente de que a cultura de um povo possa aceitá-lo como prática comum. O pecado tem sempre um fim trágico, que leva o indivíduo para morte, seja ela, imediata ou longo prazo. O pecado produz sempre efeitos desastrosos na condição de vida do indivíduo, levando-o sempre a sucumbir diante do dele. Um exemplo fictício disso pode ser encontrado no retrato de Dorian Gray1. Na prática podemos levar em consideração o adultério, que pode levar a morte (homicídio ou suicídio), a degeneração familiar (o fim da família), às doenças psíquicas (Desequilíbrio psicológico), e deformação de caráter da prole (Influência na educação e formação do caráter dos filhos). O próprio homossexualismo que via de regra é caracterizado pela a troca constante de parceiros – pessoas homossexuais dificilmente estabelecem relações duradouras –. São normalmente vítimas de doenças graves (Segundo a OMS, os homossexuais possuem 20 vezes mais chances de contrair o Vírus da AIDS2), e possuem em si um senso de rejeição interior que o fazem buscar a tal absolvição da consciência.

Diante do exposto posso concluir, embora pudesse escrever umas quinze ou vinte laudas sobre o assunto, que ou existe uma fé ignorante, que desconhece ou ignora o livro que usa como regra de fé e prática, que é fonte do cristianismo, ou existe uma incoerência conveniente. Ou seja, uma incoerência porque a prática de vida é contrária ao discurso. Só se atém a leitura daquilo que lhe é favorável. Seja como for Deus é Deus e os seus preceitos não mudam e nem passam com o tempo, e uma Igreja Cristã Gay é um paradoxo ao próprio cristianismo.

Deus abençoe a Todos.


Pr. Emerson Silva

1 – O Retrato de Dorian Gray – Bilíngue. Wilde, Oscar / LANDMARK
2 – http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/oms-homossexuais-tem-20-vezes-mais-probabilidades-de-contrair-hiv






segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

AUTONOMIA X HETERONOMIA


A pergunta para tal paradoxo seria, somos realmente seres autônomos? Sendo, por que algumas coisas em nossa vida estão fora de nosso controle? Somos seres heterônomos, ou simplesmente alguns preferem justificar suas atitudes vis desta forma para se livrarem das responsabilidades de suas escolhas? Você acredita em destino e tudo o que acontece em sua vida já está traçado e não há nada que você possa fazer para mudar tais conseqüências? Você acredita em acaso?
Vamos então a algumas definições: Autonomia: 1 Qualidade ou estado de autônomo. (Michaellis). Heteronomia: 1 Subordinação ou sujeição à vontade de outrem ou a uma lei exterior. (Michaellis). Como vimos autonomia e heteronomia são paradoxais uma da outra. Creio que mesmo sendo autônomos estamos subordinados a uma força maior da qual não compreendemos e não podemos explicar de forma completa.
Mas afinal somos autônomos ou heterônomos? Temos ou não o direito de escolher e traçar o nosso próprio destino?  Acredito que somos seres autônomos que em alguns momentos somos sujeitos a heteronomia. Se interpretarmos autonomia da forma correta, entenderemos que ela, a autonomia, não nos autoriza a fazermos tudo o que quisermos da maneira que quisermos, na hora em que quisermos, mesmo sendo seres que podem fazer suas escolhas estamos subordinados a leis morais e de coletividade que nos impedem de estabelecermos o caos sobre a terra.
A análise deve ser feita do ponto de vista de que algumas coisas na nossa vida ocorrem alheias a nossa vontade, coisas esta que não podemos impedir que aconteçam. Por exemplo, a experiência da morte, todos nos depararemos com ela várias vezes durante a nossa existência. A morte é algo que em alguns casos pode ser protelada, mas ninguém aniquila a morte do ponto de vista material, é claro. Esta sempre estará presente em qualquer ordem de relações que tivermos. Sejam, familiares, fraternais, comerciais, profissionais, sempre em algum momento a morte se aproxima de nossa realidade.
Acidentes, você dá manutenção preventiva no seu carro, procura andar dentro dos limites fixados pela lei para uma direção com segurança, aí vem um irresponsável que não respeita as leis de trânsito e num cuida da manutenção de seu veículo e colide em alta velocidade com você na estrada. As vezes um casal que goza de perfeita saúde tem um filho que nasce com alguma deficiência, e embora busquem uma explicação lógica e genética para tal alteração não encontram. Pessoas que se previnem e buscam uma vida extremamente saudável e em algum momento da vida são tomados por enfermidades.
Esses são os traços de heteronomia em nossas vidas, pois as mesmas e para as mesmas existem propósitos maiores que em um primeiro momento da vida não percebemos, seja por nossa cultura, por nossas tradições, por nossos hábitos anteriores, ou por pacotes filosóficos de vida que nos são ministrados como padrões necessários a nossa vida.
Não nego que somos seres em estado de autonomia, mas com traços heterônomos, creio que tal fusão nos traz o equilíbrio necessário a vida e nos faz caminhar como sociedade.
Sobre a fonte da heteronomia em nossas vidas, falaremos mais tarde.
Deus abençoe a todos.