segunda-feira, 28 de maio de 2012

O "DELÍRIO" DOS LÚCIDOS



Atos 26:24 Enquanto Paulo fazia desse modo a sua defesa, Festo disse em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te levaram à loucura!

Não se preocupem, não se trata de um sermão, mas de uma reflexão baseada na afirmação de Festo Governador romano de Cesareia, sobre a instrução de Paulo e diante de sua defesa da obra redentora de Cristo. Antes de chegarmos ao fulcro deste, remeto-lhes a Matrix, um filme sensacional que prega uma realidade metafórica da vida presente dificilmente compreendida pela massa, ou seja pelos homens comuns. A quem chamo homens comuns? aqueles que perseguem aquilo que é perecível e os faz alienar da realidade do propósito da vida, levando-os a prazeres momentâneos desprezando o valor da vida e tornado-se opressores das grandes massas para manter seus sistemas materialistas temporários.
De volta a Matrix, não é essa a realidade apresentada?  O mais fantástico em Matrix são as pilulas, poderia remetê-los ao Éden. No sentido da escolha a pílula trará o conhecimento da verdade, mas que verdade? A pílula azul vai mostrar o que os olhos não vêm porque estão presos a uma realidade controlada imposta em suas mentes. Uma vez libertos vêm a realidade. Muitos gostam de viver no engano de foram que criados pelo acaso e que tem um tempo a cumprir e que findo esse tempo acabou, por isso o que puder fazer para manter essa realidade ilusória, o fará, porque a realidade é triste e vai muito além do que os olhos podem observar. Em Matrix pode ser visto duas realidades que coexistem paralelamente. 
Pode-se assim entender, Paulo apresentava a festo a realidade que seus olhos não podiam contemplar porque tinha incutido em sua mente que o poder que exercia sobre os outros seres humanos era um poder divino e infindável. 
Julgou que Paulo estava delirando, a sua cultura e observação da vida o estavam tirando da realidade e levando-o a um mundo fantasioso e inexistente, criado apenas pela mente fértil de um homem letrado e culto que já não sabia a diferença entre aquilo que acumulou como experiência de vida e conhecimento adquirido, daquilo que é o real.
Há um entendimento massaficado que os cultos acabam loucos e delirantes, pois o exercício da mente os deixam fora de órbita. Os fazem construir um mundo utópico e irreal, invisível que se desenvolvem nas suas mentes. Chamo-os então a reflexão, quem vive de ilusão? O apóstolo Paulo ou o Governador Festo?  A verdade é que existe mais da vida do que casa, carro, dinheiro, poder e sexo. Tais coisas tem sua finalidade mas não podem determinar o sentido da vida, pois todas essas coisas são passageiras e perecem. O próprio culto ao corpo dos dias atuais é algo abjeto. O corpo torna-se uma cadáver putrefato e sem vida, mas onde está a vida, na ilusão de Festo ou na realidade de Paulo?
Você vive de ilusão ou tem o seu pé na realidade? Reflita onde está a razão e escolha qual pílula você quer tomar a azul que te leva pra realidade ou a vermelha que te aliena e te mantém na ilusão? Eu fico com a Lucidez "delirante" de Paulo.

Deus te abençoe.

Pr. Emerson B. Silva


terça-feira, 15 de maio de 2012

A MINHA AMADA MÃE

O que dizer da minha mãe que não seja o óbvio? Ainda que óbvio, nunca externei de maneira profunda o meu sentimento de gratidão, amor e admiração que tenho por ela. Talvez usasse uma frase que costumo falar para as pessoas importantes da minha vida, como: "Palavras não são suficientes para expressar o que sinto por minha mãe".  Seria deveras obtuso se passasse a vida e não pudesse com algumas palavras homenagear a minha mãe. Quando preparava o sermão do último domingo, orei, escolhi o texto base (Marcos 7.24-30), e não poderia deixar de pregar a palavra, sem contudo homenagear as mães e seu incondicional amor por seus filhos. Um amor verdadeiramente poderoso, sem termos, baseado único e exclusivamente em uma relação essencial. Basei-me então na minha mãe, no que minha amada representa pra mim, nos grande sacrifícios que no decorrer de minha infância e adolescência a fiz passar. Como uma gigante não a vi maldizer-me, ou lançar sobre mim nenhuma praga, ou mesmo se quer pronunciar uma palavra de arrependimento pela minha existência. Aos que conhecem a minha mãe seria um parodoxo chama-la de gigante, dado sua estatura, mas não falo desta e sim da grandeza de seu caráter.
Se sou o que sou, se tenho virtudes, se tenho valores morais, familiares, fraternos, devo-os a essa que com amor incondicional, suportor as agrurias da vida, em prol de meu bem. Minha mãe abdicou de reconstruir a sua vida para criar-nos, e jamais se queixou de tal empreitada. É a minha referência de valores, tais como amor, dedicação, respeito. Valores pouco em voga em tempos atuais, onde o individualismo reina sobre a sociedade.
Se tenho algum valor, este me foi atribuido pela construção de meu caráter, laborado com abnegação, lágrimas, lutar por esta que é sem dúvidas minha genitora. Não tenho palavras para dizer como é grande o meu amor por ela. Mas as únicas palavras que conheço e que não fogem do óbvio é: Minha mãe eu te amo. A final o óbvio também deve ser pronunciado.

Beijos e Deus abençoe muito a sua vida.

Pr. Emerson Brasiliano.