quarta-feira, 10 de junho de 2015

PARADOXO ENTRE MOTIVAÇÃO E CONSCIÊNCIA DE SERVIÇO.

Pedro era um homem que caminhava com Jesus, esteve com ele em quase todos os momentos de sua vida, via Jesus fazer milagres, curar pessoas, dominar a natureza, ressuscitar mortos, expulsar demônios, e quando Jesus não estava mais com ele, Pedro retrocedeu ao tempo anterior e abandonou o mandamento de Jesus, desprezando assim a sua autoridade o seu poder, a causa que Jesus colocou em suas mãos para que desse continuidade.
Pedro esqueceu que sua autoridade fora outorgada por Jesus e o sucesso da obra dependia precisamente de sua obediência as ordens e planos traçados pelo mestre. Mas sua motivação não estava na autoridade e no poder de Cristo e sim na sua presença, sua motivação eram as perspectivas que tinha a respeito da pessoa de Jesus e não a pessoa de Jesus.            
Milhares de pessoas nos dias atuais funcionam a base de estímulos externos para realizar a obra de Deus, não o fazem por serem conscientes de que foram resgatadas para o serviço da obra, mas “descansam” a sombra da salvação adquirida com o sacrifício de Jesus. Esse sacrifício não foi em vão, tem um motivo, tem toda uma funcionalidade prática, e a restauração de nosso caráter implica no serviço na obra, não por incentivos de campanhas, eventos, e outras coisas mais, mas por consciência de somos instrumentos de bênçãos para honra e glórias de Deus.
Na consciência de serviço a motivação é  A AUTORIDADE DE QUEM OUTORGA A MISSÃO.
Em 2 Co. 5.18 Paulo diz que Jesus nos entregou uma missão, não nos salvou para nada, mas nos deu algo para fazer enquanto estamos sobre a terra, a mais excelente de todas as missões, ele não perguntou a Pedro se ele o amava a toa, mas perguntou fazendo sim relação com o que encontramos, no capítulo 15, onde fala que o amamos se nós obedecermos os seus mandamentos.
Se obedecemos, precisamos cumprir a missão dada pra nós E não podemos fazer isso porque alguém está nos empurrando, ou esperarmos campanhas para fazer o que deveríamos estar fazendo, mas deveríamos cumprir a missão que nos foi outorgada pelo mestre pela nossa consciência de serviço, essa baseada na autoridade de Cristo que nos outorgou a missão.
Essa Missão não é uma missão qualquer, é uma missão que envolve amor, dele para conosco e de nós para com ele. Cap. 15.10 “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.“. Não é uma missão imposta, é uma missão prazerosa, amor envolve obediência. Amor por Cristo, amor pelo próximo.
Jesus é o Senhor da obra e ele nos deu a autoridade para cumpri-la e a sua autoridade deve ser suficiente para nos motivar. Mt. 10.8. “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.“. Não podemos ficar de braços e pernas cruzadas esperando que alguém nos diga o que fazer, ou mande que façamos alguma coisa, ou ainda, que alguém faça o que deveríamos fazer. Precisamos valorizar a autoridade de Cristo e Cumprir a missão dada.
Na consciência de serviço a motivação é A CAUSA QUE É MAIOR QUE NOSSOS INTERESSES PESSOAIS - Pedro voltou a defender os seus interesses pessoais, quando não estava mais na presença de Jesus, Pedro perdeu a sua motivação, deixou de lado a missão dada pelo mestre e voltou a defender seus interesses pessoais. Ele foi pescar, quando Jesus o chamou, falou que faria dele pescador de homens, a motivação de Pedro não era a sua consciência de serviço, mas, a presença de Jesus e sua aspiração de ser astro no Reino de Jesus, muitas pessoas hoje estão fazendo uso da causa para defender sua aspirações pessoais. Um jogo de vaidade tem se estabelecido no exercício da obra de Deus, ele está ficando em segundo plano, muitas das vezes sendo feita apenas para atrair os holofotes da mídia e a atenção de pessoas, tão descomprometidas quanto que valorizam os feitos humanos. O reino é dele, e não nosso, portanto a glória é dele e não nossa. Jesus deve ser evidenciado em todos os nossos atos e atitudes. Devemos orar a Deus pedindo que nosso ego não se inflame e atrapalhe o exercício da Obra.
Precisamos colocar o evangelho e a missão da promoção do Reino de Deus acima das nossas aspirações pessoais, devemos usar as oportunidades que o Senhor nos dá de liderar sua obra para servir a Deus, fazer o que não foi feito até então, ou que corrigir os erros cometidos até então, a fim de produzir através de um testemunho verdadeiro de humildade e consciência de fomos chamados para a servir a Cristo e sua obra e o nosso próximo, uma consciência de serviço em nosso liderados e não para atrair glória para nós. A Causa é maior do que nossos interesses e precisa ser realizada a partir da consciência de serviço e não por estímulos externos, nós passaremos e a obra permanece até a volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, devemos refletir a sua luz e não usurpá-la para tirar proveito próprio.
 Na consciência de serviço a motivação é A CERTEZA DE QUE A OBRA REALIZADA. Se fazemos exatamente aquilo que o Senhor nos manda, é certo que a obra realizada será bem sucedida, todo o trabalho no Senhor não é vão e se a sua autoridade nos motiva, vamos realizar a obra e ela será bem sucedida. As coisas não dão certo porque somos capazes, mas porque somos capacitados pelo Santo Espírito de Deus, a nossa força e nossa sabedoria não vem de nós mesmos mas é dádiva de Cristo para toda boa obra.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Coríntios 15:58
Jesus afirma que nem as portas do Inferno prevalecerão contra a Igreja de Cristo, não há o que temer, não há o que exitar, precisamos ser consciente de que se formos obedientes, galgaremos cara centímetro da caminhada. Trabalhar na obra é vitória certa, garantida e reservada pelo Senhor dos Senhores pelo Alfa e o Omega, e não pode ser frustrado, pois tudo que tem a aprovação de Deus, é garantia de sucesso.
A Palavra de Deus a Josué no capítulo 1º. Se Jesus está a frente onde plantarmos a planta do nosso pé será nosso, não há na obra de Deus, lugar para dúvida, tudo está certo quando Jesus está no comando, mas para que isso aconteça é preciso estar motivado e a motivação que deve reger os nossos esforços é a consciência de que fomos salvos para o serviço da obra do senhor e nosso trabalho não é vão nele, essa deve ser a nossa motivação. O Ministério posterior de Pedro nos mostra isso.
Concluindo o deve nos mover a realizar o trabalho deve ser a consciência de que a autoridade que nos dirige na obra do Senhor é Cristo e que a Missão a qual servimos, nos foi dada por ele e somos por ele capacitados e guardados para promoção do seu Reino na terra. Precisamos conscientes de nossa missão colocar a Causa acima de nosso interesses pessoais, pois a missão que recebemos do mestre é sobremodo excelente e não está limitada a nossa compreensão da mesma. Precisamos nos mover em direção a ela, sabendo que ela ainda existirá depois de nós e que temos o privilégio de sermos usados pelo Senhor para cumprí-la. Precisamos ter a certeza de que tudo que o Senhor planejou será concretizado, todo o trabalho na obra é bem sucedido, pois é que ele, o Senhor que realiza através de nós e se tivermos a consciência de que somos instrumento de serviço na sua obra, veremos ele operar grandes maravilhas através de nossas vidas.

  

terça-feira, 5 de maio de 2015

A BANALIDADE DA VIDA

"E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mateus 24:12"

Numa época em que muito se diz valorizar a vida, essa está sendo deixada de lado de maneira visceral, os homicídios, os constantes atentados contra a vida humana tem se tornado uma frequente no meio da humanidade, atos terroristas, guerra do tráfico, violência contra a mulher, abuso de autoridade, corrupção, prostituição crescente, imoralidades, mortes no trânsito, nas escolas, na rua, um tempo em se destaca pela libertinagem e a falta de decoro da sociedade, fomenta uma visão banal da vida, embora os discursos girem em torno desta, há um total desrespeito.
Sempre houve homicídio, mas as razões - embora entenda que matar nunca deva ser uma solução - eram menos fúteis, já algum tempo se mata por um tênis, agora se você for abordado por um marginal e tiver um valor pequeno para levar ele julga que você não merece viver e te sentencia a morte e executa imediatamente a sentença. Estamos bem próximos de um tempo em que olhar atravessado será motivo para tirar a vida de alguém, não! Diria que esse tempo já chegou, a violência leva sempre ao homicídio.
Mas a coisa não para por aí, a incompetência do Estado em cumprir seu papel regulador do cumprimento da lei, contribui de forma hedionda para o crescimento da marginalidade. Vivemos um tempo de total desgoverno, onde as leis não são cumpridas e onde as autoridades que deveriam dar o exemplo são constantemente Surpreendidas em descumpri-las. E como tudo no Brasil, ninguém cumpre a pena, ou faz de conta que as cumpre, como que considerando o povo é tolo o suficiente para acreditar que a lei está sendo cumprida.
As nossas autoridades são despreparadas e manipuladoras das massas, criam leis que favorecem seus interesses pessoais, leis essas que são empurradas goela abaixo da sociedade que oprimida e sem poder de reação espera um milagre. Mas que milagre? É Deus um escravo da vontade humana? Um agente de seus desejos? Não, certamente que não, Deus, o supremo e soberano Senhor, nos considera responsáveis pelos nossos atos. Ele pode mudar as circunstâncias da vida. Assim creio, porém pelo fato de nos dotar de volição, não viverá nos pajeando, colocando nosso pés nos caminhos e mudando a história ao bel-prazer dos homens.
Sua vontade, seu projeto para humanidade é maior, não é mesquinho e pequeno como nossos desejos,
A vida, nosso bem maior, está banalizada, não tem mais nenhum valor, acredito que entramos no princípio do fim. A profecia de Jesus vem se cumprindo e sinceramente temo pelas crianças que ainda ão de nascer, nos próximos anos, o que restará para elas? A que nível e qualidade de vida as levaremos. É tempo de pensar, de reagir, e de viver em função de que se resgate o respeito e o valor pela vida.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A DIFÍCIL TAREFA DO RECOMEÇO

Há aproximadamente 6 meses sofri uma fratura no tornozelo enquanto treinava Jiu-Jitsu, depois disso foram dias de luta, onde em vários momentos fôra tomado pelo desânimo, era torturante pra mim quando entrava no face, e via notícias de ondas fantásticas e marés preciosas, e me encontrava em casa, deitado no sofá ou sentado assistindo TV. A angústia chegou a um ponto que não conseguia ler. 
As vezes é difícil ser pastor, existe um estigma sobre a figura pastoral de que este é inumano, claro que isso é parte de uma cultura produzida por nós ao longo do tempo. As pessoas simplesmente pensam que não sofremos, não sentimos nada e todos os momentos da nossa vida são de alegria. Aí vem a reflexão, não somos humanos? Duvido que alguém consegui sorri com a dor gerada por uma fratura de tornozelo, mas essa é momentânea e passa, como tudo o mais.
O que me consola, além do Senhor é claro, é que tenho na igreja pessoas que oram por mim, e torceram todo o tempo pela minha recuperação, vibram pela forma que celebro a vida através do surf, e muitos oraram e torceram para que me recuperasse, afim de retornar a prática do surf. Na última sexta, depois de duas cirurgias e de ser liberado por um dos médicos peguei minha prancha e fui para o mar, remei para dentro, o mar não estava dos maiores, mas também não estava dos menores, era já fim de tarde, o mar esta com uma intensa correnteza que nos tirava do pico e tinha que remar contra maré. Até que achei a onda, achei que seria perfeita, remei, tropei, cortei, subi, e caí, na verdade ejetei, depois de dropar a onda e subir a parede não consegui retornar, senti uma pequena fisgada no tornozelo, e pulei, deixei vir a onda de trás e sai um pouco frustrado.
No sábado era dia de projeto, fomos para praia e começamos a colocar o pessoal para aprender a surfar - você pode conhecer nosso projeto evangelístico e curtir nossa página no face, facebook.com/surfandocomcristo, ou no nosso blog: http://clubedesurfsurfandocomcristo.blogspot.com -.
Após as aulas peguei o pranchão e remei para dentro, queira apagar a frustração do dia anterior, ainda que não fosse lá grande coisa, o mar estava menor, no local que estávamos as ondas estavam fechando a maré estava secando, as ondas estavam o que se chama de quebra-coco, apesar disso remei e dropei a primeira onda, joguei para a parede e na hora de voltar ejetei, mas duas outras coloquei na parede, sempre no retorno da onda ejetei, o que é justificável pois é necessário imprimir uma força no pé para trazer a prancha de volta, não foi o que esperava, mas já sai um pouco mais alegre, pois não perdi totalmente o tempo da onda. No domingo, após o culto, peguei novamente a prancha e foi novamente para o mar, estava pequeno, ondas fechando um pouco, mas consegui dropar algumas ondas, até de backside, o que se tornou um pouco mais difícil dado minha atual condição, mas o  fato é que a lição que aqui quero deixar, é  que mesmo sendo humano e sentido dores e angústias, mesmo sabendo que os desafios a que somos submetidos na vida, nos levam a uma tomada de atitude, muitas vezes dolorosas, não desisto, continuo tentando, mesmo sabendo, estando consciente que todo recomeço é difícil e penoso, mas não é impossível, ainda mais quando temos a certeza de que Deus está no controle.

Deus abençoe a todos!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

"O PRESENTE IMATERIAL"

Na semana passada completei 42 anos, só isso já deveria ser suficiente para me alegrar, pois nesse dia especial em que é comemorado nosso aniversário, fechamos mais um ciclo e seguimos vivos sobre a face da terra. Mas poderia alistar mais coisas importantes, pois nesse dia me encontro com saúde, algo também valioso e imprescindível na existência humana, deveria ainda estar feliz porque minha família e meus amigos lembraram de mim, recebei mensagens de carinho e de lembrança de muitas pessoas, pessoas queridas, já deveria ser suficiente, mas ainda tem mais pessoas queridas que amo muito me presentearam também com presentes materiais. Com certeza foi maravilhoso, afinal quem não gosta de receber um presente, uma lembrança, não pela coisa da material em sí, mas pela lembrança, mas  a vida em quanto homem - e aqui me refiro a raça (homem - Mulher) - é um paradoxo de alegria e tristeza, nunca uma felicidade do ponto de vista de nossa humanidade é completa, embora possa haver uma impressão que sim, uma pessoa egoísta que vive em função de sí pode pensar dessa maneira. 
Embora estivesse contente com os vários motivos listados acima, não podia esconder minha apreensão e angústia com uma situação que me atormentava, um dia antes de completar meus 42, liguei para alguém que amo muito e recebi a notícia de que estava hospitalizado havia quase uma semana, fato que desconhecia, e essa notícia encheu meu coração de angústia, e logo clamei ao Senhor, pois um misto de revolta e de ira tomara meu coração, após orar e pedir, deixei que a coisa se conduzisse conforme se desenhara - afinal há coisas e muitas coisas na vida que estão fora de nosso controle - e segui o meu dia, recebendo felicitações e presente, e carinho. Sou naturalmente abençoado, não posso reclamar, até quando coisas ruins me acontecem - e olha que acontecem - são convertidas em bençãos. Foi um dia festivo ao lado da minha família -  uma das coisas mais difíceis na minha vida e compartilhar dos meus momentos de dor e aflição - sou grato a Deus por ser pastor numa igreja que ora por seus pastores. E todo aquele dia se foi, quando no final, já a noite recebo uma ligação especial - não que as outras não fossem, todas foram especiais - mas aquela tinha um "que" a mais em virtude da situação, a pessoa por quem estava orando angustiado, não só lembrara do meu aniversário na sua enfermidade como me ligara, e naquele momento esqueci todo o resto, e mais uma vez dirigi minhas orações ao céu, pois o Senhor tinha ouvido o meu clamor e dado a experiência, me concedeu um presente especial, imaterial, presente que ninguém podia me dar a não ser Ele. Ouvir aquela voz, naquele momento, foi como apaziguar meu coração, pois a benção maior foi que o Senhor havia poupado alguém, tão estimado e importante para mim.
Faz algum tempo, não me prendo às coisas materiais - embora sejam importantes e também me deixem feliz - tenho procurado olhar mais para as pessoas que estão a minha volta, pessoas que amo muito, não sei mensurar o quanto, pessoas que fazem parte de minha existência e são muito importantes para mim.
O melhor presente que podemos receber é o presente imaterial, aquele que só Deus pode nos dá, ninguém mais, por isso todos os dias que acordo, lembro que naquele dia o Senhor sorriu pra mim. Quando vejo a minha esposa, lembro que Deus sorriu pra mim, quando vejo os meus filhos, fortes e com saúde, e mesmo quando a saúde está abalada, mas com recursos para curá-los, lembro que o Senhor sorriu para mim. É preciso valorizar a vida na sua amplitude. Sou grato a Deus que não se esquece de mim e me torna alguém melhor todos os dias e traz bençãos para minha vida concedendo presentes que o dinheiro não pode pagar e nada possa ser feito para compensar.
A vida é o presente, as pessoas que amo e que estão perto de mim, são o presente, presente imaterial, de preço inestimável.

Grande abraço a todos.