Esse é um assunto deveras complexo, pois historicamente em diversos pontos da existência social humana se fundem, unindo-se de forma homogênea e criando um governo fundamentalista ou Extremamente liberal.
Na verdade nos últimos tempos, mas propriamente nas sociedades ocidentais a política vem atuando separada da religião, ou seja, política de governos laicos onde a religião não tem ou não deveria ter nenhuma influência.
Como pastor batista, defendo a separação entre Igreja e Estado, mas entendo com muita clareza que a mesma deve ser entendida no campo da ingerência, ou seja, o Governo não deve ter a ingerência sobre a Igreja, assim como, a Igreja não deve ter ingerência sobre o Governo. Mas o que não impede em nada, no meu ponto de vista, que ambos trabalhem juntos em alguns aspectos da sociedade com vistas ao bem comum, objetivo comum das duas instituições.
Acredito que política não deve ser desassociada da religião, pois, um homem distante da religião tem os seu princípios morais e éticos totalmente corrompidos pelo poder que não deve estar nas mãos de um pequeno grupo, mas, nas mãos do povo. A democracia de verdade tão defendida pelos governos, não independe da influência religiosa e cultural de um povo, ou nação.
Cada um tem o seu papel na sociedade humana, mas ambos devem ter como foco o bem da sociedade como um todo, pois o homem é criação de um Deus Pessoal e todas as ciências que correm na existência da humanidade é resultado da ação deste Deus criador.
A sociedade laica e a fundamentalista estão distantes do ideal da convivência social humana, pois uma anula a outra, fazendo com que os direitos básicos e espirituais dos indivíduos não sejam exercidos com liberdade.
Tanto a política quando a religião e diria que a primeira nada tem de útil sem a segunda, deve buscar a ideal convivência humana preservando a liberdade, contrária a libertinagem, e a consciência do indivíduo como parte da sociedade.
A moral absoluta defendida por Kant tem a finalidade de referência e direção humanas e embora o mesmo tenha usado um nome diferente para nãos sacralizar a ciência que vem da mente humana, todas, qualidades dadas a nós por Deus, ou pra quem preferir o criador. Refere-se a Deus como sendo a pureza moral e controle do Universo. Todo o homem é um ser essencialmente religioso e de alguma forma busca pelo seu Criador. Ainda que nesta busca venha tentar provar sua inexistência.
Fato é que sendo o homem um ser essencialmente religioso, esta não pode e não deve ficar alheia a política, mas deve atuar como orientação e referência e não como imposição a todos os homens. Creio na liberdade religiosa e na ação de Deus na história do homem o que engloba sem sombra de dúvidas a ciência política. O que me faz crer que devem ter uma existência harmônica e cooperativa.
Pr. Emerson Brasiliano Silva
Pastor Auxiliar da Segunda Igreja Batista em Cabo Frio.
Um comentário:
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Caro pr. Emerson,
Entrei para o "blog" há uma semana e estou começando a conhecer o que os amados têm produzido a partir da fé e da consciência cristã.
Sua reflexão é interessante. Concordo com a visaão de que a igreja não deve estar alienada do Estado, pois este é a nação politicamente organizada, mas, sim, ser parceira nas questões sociais e farol que mostre aos governantes a necessidade de andarem no temor do Senhor, princípio da sabedoria.
Grande abraço.
Pr. Roberto Carvalho
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