segunda-feira, 25 de abril de 2011

O “TRISTE” FIM DE NÓS TODOS.


Passei pelo menos metade do feriado de páscoa na capela do cemitério, e em meio a muita dor e sofrimento, pude constatar que a morte. Tão dolorida separação entre o corpo e alma, é degradante, opressora, humilhante, implacável.

Tentando compreender o motivo de tanta dor, tanto sofrimento, pude tirar dessa experiência, o que pra mim não é nada agradável, algumas lições, constatações dessa dura realidade, e a primeira foi essa, a realidade, todos quando estamos diante da mortalha de alguém, constatamos que um dia, estaremos vivendo, ou melhor experimentando desta realidade, ninguém foge a morte e ela chega pra todos, uns antes, outros depois, mas o fato é que um belo dia estaremos todos dentro de um caixão diante de nossos entes queridos, já sem vida e longe de nossos corpos mortais, fazendo-os sofrer com a dor da despedida.

Outra constatação que é inerente a observação da mortalha humana, é que a morte é uma triste surpresa e ninguém está pronto ou preparado para sua chegada. A partir dessa constatação pude então perceber, a razão de não termos acesso a informação de nossa partida. A morte é angustiante, é frustrante, é desoladora. Constatei também que embora você sinta a falta de quem está morto, você vê claramente o que te aguarda, o que aguarda a outros que te amam e passa a pensar sobre quando você enfrentará a tal realidade.

Diante da mortalha me veio outra indagação, por que somos tão impotentes diante de nosso grande algoz. A morte é o fim de todos os que vivem, e depois dela só resta o choro a certeza de que a morte é o fim de nós todos. Não importa o que você faça um dia a morte vai te achar e te ceifar da terra dos viventes e te lançar no mundo dos mortos. Aí já era, acabou, não há mais nada que possa ser feito, Certo?

Bem pra mim não é bem assim, sou um convicto e veemente defensor da imortalidade da alma, creio que Deus não faria um ser com uma complexidade física e psicológica e de vida como a vida humana, para acabar como um monte de carne inútil, apodrecendo debaixo a terra.

Neste momento em que enfrentamos de frente esse algoz o teísmo me ajuda a compreender que nossa labuta diária é transitória e estamos nesse mundo de passagem, pois é nessa realidade que constatamos que precisamos de algo mais para chegarmos ao mundo espiritual para qual fomos feitos. Percebo que a morte é uma intrusa na vida do homem, e que não constava do projeto original do mesmo. Por isso não a aceitamos sob nenhuma hipótese, não nos acostumamos com ela. Não a tornamos parte natural do nosso viver.

Em minha concepção filosófica, teológica, lógica e sensível ao que se passa a minha volta, está claro que a morte é a punição de uma falta cometida não por mim, indivíduo, mas por uma raça, é uma sentença imparcial e precisa que não pode ser alterada. Mas, pode sim ser justificada.

A realidade é que é uma dívida de sangue onde o ofendido requer o sangue de todos os que lhe ofenderam.

Aí entra em cena o principal personagem da vida, que entrega sua vida pura e santificada em pagamento pela alma imortal do homem, a questão é que não importa quantos mortos os homens vejam, e quantos entes queridos chorem muitos não terão a alegria da vida após a morte, e levaram consigo suas dores e aflições para a eternidade, simplesmente por não compreenderem aquilo que é lógico.

O grande amor de Deus e sua misericórdia por uma humanidade putrefata e impotente que por orgulho e egoísmo não admite sua dependência do seu criador.

Pr. Emerson Brasiliano Silva

Pastor Auxiliar da Segunda Igreja Batista em Cabo Frio – RJ

www.sibcabofrio.org.br

Um comentário:

FugadeRoma@blogspot.com disse...

O Senador José Sarney, ex- Presidente da nossa República, ontem falou sobre fazer uma nova Lei do desarmamento, "porque", dise ele, "a primeira não pegou bem!" Imagine...