terça-feira, 28 de agosto de 2012

A GRAÇA


2Coríntios 12:9 Mas ele me disse: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de muito boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim.


Falar da GRAÇA de Deus sem ser superficial é algo complicado. As definições simples embora eficazes podem, de certa forma ou de uma forma bem peculiar, tirar toda a força de seu significado.
O significado mais conhecido e comentado nos discursos ouvidos em igrejas e nas ruas, quem sabe em seminários é que graça é o favor imerecido de Deus, o que não está errado, mas que não causa grande impacto na vida de muitas pessoas, pois não compreendem a profundidade de tal afirmação. Alguém pode, por exemplo, dizer que não pediu por isso.
Mas o aspecto mais peculiar da graça é o reconhecimento da dependência de Deus, ou seja, sem Ele nada é possível ao homem. O fato de Cristo ter morrido no lugar do homem, ou melhor, humanidade, deve ser entendido como que se  Ele, Jesus não tivesse vindo e morrido, ninguém chegaria ao céu.
O que demonstra a total incapacidade do homem de realizar coisas significativas sem a ação poderosa de Deus. A afirmação de que o homem é naturalmente fraco, enfatiza a necessidade de dependência do homem de Deus, e para salvação, no caso, de Cristo.
Bem, muita coisa poderia ser dita sobre a graça, mas esta é a expressão do amor de Deus manifesto na morte de Cristo para redenção do pecador perdido. Graça é dependência de Deus, crescer na graça é depender cada dia mais de Cristo. Buscar uma relação de intimidade com ele, com seu legado e principalmente com sua ação salvadora.
Não pode se adquirir tal experiência baseado em conhecimento teórico, nem a partir da intelectualidade, é algo que deve ser experimentado através da fé, é claro que a relação com o divino vem de um conhecimento a priori, algo interior, intrínseco na natureza humana que gera uma luta interior. 
Mas o fato é que busca pelo criador é algo que vem impresso na alma humana, a tentativa de agradar, de prestar homenagem, de buscar absolvição a partir da lei moral, que vem no pacote, e ainda que de maneira torpe se tente sublimar a depravação interna, a busca persiste de forma veemente.
A graça é a consumação do amor, nela o homem pode sublimar seus piores sentimentos e desejos, pode inclusive ofuscar a natureza putrefata que existe dentro de si. A graça é um instrumento recuperação, regeneração, restauração de um caráter humano perfeito, pervertido pelo uso incorreto dos poderes humanos de desejo e escolha.
Como disse, isso não pode ser compreendido teoricamente, é algo que precisa ser experimentado, conhecido no sentido bíblico da palavra.
Graça é a manifestação do amor de Deus em ação, é o criador relacionando-se com a criatura. A criatura rendendo observância reverente ao criador. Graça é mais de Deus e menos de si.

Deus abençoe sua vida.

Pr. Emerson

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