Há aproximadamente um mês a
surfista de ondas gigantes, Maia Gabeira, passou por um dos mais difíceis momentos
de suas atividades profissionais, o Surf de Ondas Gigantes é fantástico e
proporciona aos seus praticantes uma sensação de adrenalina que nenhum outro
esporte pode proporcionar, o contato com o mar, a natureza feroz, o vento
cortando o rosto, uma montanha de água atrás, desabando e vindo contudo pra
cima, certamente indescritível, o único problema é que quando se cai de uma onda dessas é como se
estivesse metendo a cara no asfalto, ou numa chapa de concreto armado, a
densidade da água é tão grande que antes de permitir que a pessoa afunde e seja
engolida por um turbilhão água que parece uma máquina de lavar gigante,
causa-se várias lesões aos membros do corpo. Ela quebrou o tornozelo, outros
quebram os braços, outros tem traumatismo craniano, outros batem o rosto contra
a prancha como o calunga, a verdade é que o sentimento proporcionado pela adrenalina,
passa ao desespero num piscar de olhos, o mais importante quando se estar no
mar e toma-se uma vaca é não entrar em pânico, o pânico impede o raciocínio e
leva o atleta ao óbito, mas como não se desesperar no meio do inferno de água?
Maia é uma atleta preparada física, emocionalmente, mas numa situação daquela,
em que tudo deu errado, seu treinamento, sua cautela, sua razão não estavam
mais valendo muito, ficou entregue, á deriva, cada minuto era passo para a
morte, perdeu a consciência, faltaram-lhe as forças, já não havia mais o que
fazer, a não ser abraçar o destino que tão fortemente a apanhava, a morte.
Depois de muito procurar, Carlos Burle
conseguiu localizá-la, mergulhou por sobre ela e como um pai luta pelo seu
filho, lutou para retirá-la da água, buscou ajuda para salvar sua vida, prestou
os primeiros socorros e a levaram para o hospital, agora era com ela... e ...
com Deus.
As mídias divulgaram o vídeo que é
muito forte, a entrevistaram e o que mais me admirou de todas as palavras que
ela disse foi que o que a manteve viva foi Deus. Ele quem permitiu que ela
sobrevivesse, quem possibilitou seu resgate, ele quem a fez renascer das águas.
Não sei qual a religião da Maia, não sei nem se ela tem uma, mas sei que
conheceu Deus de perto, o seu socorro a sua providência, não de ouvir falar,
mas de ver o seu grande poder em ação, ela disse com todas as letras, que não
foi o seu treinamento, não foi sua condição física, nem a sua capacidade
técnica que salvaram a sua vida, mas Deus que não permitiu que ela fosse,
quando se diz palavras como essas, admite-se que no mundo, não se está só e que
apesar de autônomos, dependemos de Deus, uma declaração como esta é sem dúvida,
o reconhecimento de sua dependência de Deus, ainda que possa não mais proferir
outra vez tais palavras, nesse momento único da sua vida houve reconhecimento.
No ano passado se não me engano, Sion Miloski, havaiano, surfista de ondas
gingantes, não teve a mesmo destino, foi engolido pelo mar de Mavericks, menor
que a praia do Norte porém, muito violento, ninguém o achou, quando o
encontraram estava morto, boiando sobre a face da água, sem vida. Concordo
plenamente com a Maia, que se Deus não atuasse naquele momento, seus pais
estariam hoje chorando a sua morte.
Foi sim uma ação de Deus, e o mais
importante é ver alguém que acredita em tudo que é material proferir tal
testemunho em rede nacional de televisão. Que Deus possa abençoar a sua vida e
caminhada e que ela encontre a Cristo, e viva uma vida feliz, realizando grandes
coisas. Porque o mais importante para que o homem encontre a paz que lhe falta
é o testemunho, que serve de lição e aviso para todos que o ouvem.
Deus abençoe a todos.
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