sexta-feira, 8 de julho de 2011

O ÚTERO DE PLÁSTICO

Cresce no Brasil uma nova mania nacional, uma nova modalidade de homicídio - diria antiecológica levando em consideração o tempo que o plástico leva para se decompor - e fruto das políticas públicas do País que não investem em educação de qualidade e desdenham explicitamente dos conceitos de família, traçados através da humanidade ao longo de milênios de história.

A moda agora é colocar as crianças recém nascidas em sacos plásticos e jogá-los na rua, no lixo, no rio, ou qualquer outro lugar favorável ao seu rápido desaparecimento. Por que tais coisas acontecem? Qual o juízo de valor de uma mãe que coloca um filho no mundo involuntariamente e depois o envolve em um saco plástico com se fosse um pedaço de carne podre que deve ir para o lixo?

Será que se o aborto fosse legalizado no País essas situações deixariam de existir? Será que as mães simplesmente assassinariam seus filhos de uma forma mais “humana” e que não chocaria tanto a sociedade? A final, longe dos olhos, longe do coração. As mulheres que agem dessa maneira, não possuem o menor conceito de família e isso é culpa da educação que recebeu de uma família provavelmente desestruturada por uma ignorância atroz e injusta.

De quem é a culpa? Das autoridades que deveriam prover Educação, Saúde, Emprego, Moradia, e Lazer para todo cidadão do País? Ou dos pais ignorantes que não sabem como criar seus filhos, porque educação é um problema de família. Mas que família? Se não temos um conceito formado, escrito pela sociedade humana através dos tempos, como a família vai educar a família?

E digo mais, e a sociedade, até quando vai se impressionar com o isso? Vai se indignar ou se acostumar? A final as crianças são geradas embaladinhas no útero de suas mães e ficam quentinhas, o que mais natural, aconchegante, quentinho que um saco plástico, faz lembrar um útero, envolvente, acolhedor, quentinho, mas tem uma coisa, também é asfixiante e a solução do grande problema da sociedade. Quanto mais bebês morrerem asfixiados, menos os governos terão que gastar com combate a marginalidade, os depósitos de gente, como a cracolândia em São Paulo, isso mancha a imagem, dá ibope negativo, queima o filme. A final matar é uma solução definitiva, e o que melhor que matar enquanto são crianças, não sabem se defender, não reclamarão, não vão causar nenhum prejuízo a sociedade, a não ser o moral, mas que moral?

Com a grande imoralidade dos nossos governantes, só nos resta produzirmos mais sacos plásticos e lixões e nos acostumarmos de uma vez por todas que estes vão servir de úteros para bebês recém nascidos, indesejados e escretados por suas mães que não possuem, graças a apatia insensível da sociedade, nenhum conceito ou juízo de valor sobre a vida humana.

Que Deus tenha piedade dessas almas e que mais cachorrinhos possam farejar novas criancinhas, porque de outro modo, teremos muitos úteros asfixiantes de plásticos como depósito de gentes. Espero em Deus que a presente sociedade comece a se manifestar contra essas atrocidades e cobre dos governos constituídos uma atitude de coragem e consciência e mude esse quadro terrível. Rogo a Deus que a Igreja de Cristo, braço em defesa da moralidade deixe sua apatia, e conformismo e comece a reagir e se manifestar contra tais atrocidades, afinal, Cristo, jamais olharia com indiferença para essas atitudes.

Um comentário:

Silva José Antonio disse...

Querido filho por trás do que aqui vc menciona tem uma gama de fundamentos capazes de explicar tais babaries, mas sem justificar claro. Um bj. do pai.