segunda-feira, 5 de março de 2012

VENCENDO MAIS UM DESAFIO

Enquanto termino minha pesquisa para escrever meu artigo sobre eleição, esta no campo da teologia, para que não desistam de visitar meu Blog, resolvi compartilhar com vocês, meus amigos, a última aventura do surfista solitário.

Tenho alguns amigos que surfam, mas creio que o fato de ser pastor os constrage de andar comigo e compartilhar um momento de aventura. Os únicos que conseguiam surfar ao meu lado, enquanto não descobriram que eu era pastor era o pessoal da loja que compro meus acessórios de Surf. Mas, fazer o que? Não posso mudar quem sou, sou pastor e isso não vai mudar, mesmo porque não quero que mude, tenho grande alegria em ser pastor.

Mas vamos o que importa, afinal, minha prática solitária do esporte não é o foco deste aqui. O foco na verdade é que mais uma vez em minha vida, venci uma grande dificuldade que tinha no meu estilo de surfar. Cheguei na praia e encontrei um mar de ondas pequenas, mas um mar liso com pouco vento e ondas abrindo regularmente, levei o longboard, pois em ondas pequenas ele desliza facilmente sobre a parede das ondas e curtimos com mais facilidade o drop.

Olhe e vi um pico de direita, como as ondas estavam pequenas resolvi tirar a tarde pra vencer minha maior dificuldade no surf, o drop de backside - é quando descemos(dropamos) a onda de costas para a parede da mesma - entrei no mar e comecei a pegar todas as de direita e fui cada vez mais pegando o jeito, até que veio uma de esquerda, bem formada, aí a desci em grande estilo e derrepente, um banco de areia a onda explodiu e me lancei na água, resultado, enfiei o dedo na areia, lesionei o dedo, a água estava no tornozelo e quase enfiei a cara no chão.

Pensei em me recolher e voltar pra casa, pois o dedo doia e começava a me incomodar, mas precisava pegar mais direitas, precisava praticar mais, então pensei a água está um pouco gelada, o sangue está quente, então remei de volta pra o outside ( a primeira formação das ondas, que fica um pouco mais pra dentro) e sentei na prancha, e coloquei a mão dentro da água e com a temperatura favorável me foi possível suportar o incômodo.

Continuei a pegar as direitas, dropei várias vezes e a cada momento ia vencendo essa que faz as vezes passar até horas dentro da água sem dropar ondas - as ondas em nossa região tem melhores formações para a direita, como sou goofy (pé direito para a parte da frente da prancha) só posso descer a onda de direita de costas para ela (Backside), como tenho uma lesão na cervical que limita o ângulo do giro do meu pescoço, tenho muita dificuldade de descer de backside - aí senti a necessidade de perder o medo e resolvi enfrentar o desafio, sai da água satisfeito, havia pegado mais ondas em menos tempo, do que já o havia feito em todo o tempo em que voltei a surfar. Feliz, realizado, satisfeito, de alma lavada, corpo quase são.

Não se preocupem, meu dedo está bom, doi um pouco mais usei ele para escrever este.

O medo tem seu lado positivo, mas se exacerbado pode nos impedir de trazer alegrias, foi assim quando competia pelo jiu-jitsu e tinha grande dificuldades na montada. Meu professor, o Mendes, uma pessoa sensacional que marca a vida da gente, pegou o colega mais arisco, forte e determinado para sair de montadas e me colocou horas a fio para treinar com ele até que a montada passou a não ser mais uma dificuldade.

A vida é assim cheia de desafios, cheia de aventuras e se nos acovardarmos diante deles não teremos a alegria de vencê-los, superá-los e sentir a forma como Deus pode fazer a diferença na sua vida. Encare de frente o seu desafio, não se intimide e lembre-se que se Deus está no controle da sua vida, mesmo perdendo você sairá vitorioso. Quem lê entenda...

Desu abençoe a todos.

Um comentário:

Gerson Luis disse...

Pensei que era o único solitário no sentido de também ser pastor em um lugar onde se é raro encontrar outros pastores surfando. Amigo mesmo só tenho um em Cabo Frio, ele se chama “Pará”. Na verdade foi o meu instrutor de surfe, hoje não mais trabalhando nesta função por causa de uma lesão; no entanto, não deixamos de nos ver e se falar, sempre que posso o aconselho, e, por mais que eu seja um iniciante na prática do surfe ele com toda a sua experiência, ainda assim me convida para uma caída no mar. Caro amigo, creio que assim o posso chamar, espero que possamos amenizar esta experiência que nos traz o ministério pastoral e ainda pegarmos muitas ondas juntos. Boas ondas