Enquanto termino minha pesquisa para escrever meu artigo sobre eleição, esta no campo da teologia, para que não desistam de visitar meu Blog, resolvi compartilhar com vocês, meus amigos, a última aventura do surfista solitário.
Tenho alguns amigos que surfam, mas creio que o fato de ser pastor os constrage de andar comigo e compartilhar um momento de aventura. Os únicos que conseguiam surfar ao meu lado, enquanto não descobriram que eu era pastor era o pessoal da loja que compro meus acessórios de Surf. Mas, fazer o que? Não posso mudar quem sou, sou pastor e isso não vai mudar, mesmo porque não quero que mude, tenho grande alegria em ser pastor.
Mas vamos o que importa, afinal, minha prática solitária do esporte não é o foco deste aqui. O foco na verdade é que mais uma vez em minha vida, venci uma grande dificuldade que tinha no meu estilo de surfar. Cheguei na praia e encontrei um mar de ondas pequenas, mas um mar liso com pouco vento e ondas abrindo regularmente, levei o longboard, pois em ondas pequenas ele desliza facilmente sobre a parede das ondas e curtimos com mais facilidade o drop.
Olhe e vi um pico de direita, como as ondas estavam pequenas resolvi tirar a tarde pra vencer minha maior dificuldade no surf, o drop de backside - é quando descemos(dropamos) a onda de costas para a parede da mesma - entrei no mar e comecei a pegar todas as de direita e fui cada vez mais pegando o jeito, até que veio uma de esquerda, bem formada, aí a desci em grande estilo e derrepente, um banco de areia a onda explodiu e me lancei na água, resultado, enfiei o dedo na areia, lesionei o dedo, a água estava no tornozelo e quase enfiei a cara no chão.
Pensei em me recolher e voltar pra casa, pois o dedo doia e começava a me incomodar, mas precisava pegar mais direitas, precisava praticar mais, então pensei a água está um pouco gelada, o sangue está quente, então remei de volta pra o outside ( a primeira formação das ondas, que fica um pouco mais pra dentro) e sentei na prancha, e coloquei a mão dentro da água e com a temperatura favorável me foi possível suportar o incômodo.
Continuei a pegar as direitas, dropei várias vezes e a cada momento ia vencendo essa que faz as vezes passar até horas dentro da água sem dropar ondas - as ondas em nossa região tem melhores formações para a direita, como sou goofy (pé direito para a parte da frente da prancha) só posso descer a onda de direita de costas para ela (Backside), como tenho uma lesão na cervical que limita o ângulo do giro do meu pescoço, tenho muita dificuldade de descer de backside - aí senti a necessidade de perder o medo e resolvi enfrentar o desafio, sai da água satisfeito, havia pegado mais ondas em menos tempo, do que já o havia feito em todo o tempo em que voltei a surfar. Feliz, realizado, satisfeito, de alma lavada, corpo quase são.
Não se preocupem, meu dedo está bom, doi um pouco mais usei ele para escrever este.
O medo tem seu lado positivo, mas se exacerbado pode nos impedir de trazer alegrias, foi assim quando competia pelo jiu-jitsu e tinha grande dificuldades na montada. Meu professor, o Mendes, uma pessoa sensacional que marca a vida da gente, pegou o colega mais arisco, forte e determinado para sair de montadas e me colocou horas a fio para treinar com ele até que a montada passou a não ser mais uma dificuldade.
A vida é assim cheia de desafios, cheia de aventuras e se nos acovardarmos diante deles não teremos a alegria de vencê-los, superá-los e sentir a forma como Deus pode fazer a diferença na sua vida. Encare de frente o seu desafio, não se intimide e lembre-se que se Deus está no controle da sua vida, mesmo perdendo você sairá vitorioso. Quem lê entenda...
Desu abençoe a todos.
Um comentário:
Pensei que era o único solitário no sentido de também ser pastor em um lugar onde se é raro encontrar outros pastores surfando. Amigo mesmo só tenho um em Cabo Frio, ele se chama “Pará”. Na verdade foi o meu instrutor de surfe, hoje não mais trabalhando nesta função por causa de uma lesão; no entanto, não deixamos de nos ver e se falar, sempre que posso o aconselho, e, por mais que eu seja um iniciante na prática do surfe ele com toda a sua experiência, ainda assim me convida para uma caída no mar. Caro amigo, creio que assim o posso chamar, espero que possamos amenizar esta experiência que nos traz o ministério pastoral e ainda pegarmos muitas ondas juntos. Boas ondas
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